My first trip to myself - Love Índia

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Em 2013 fiz a minha primeira grande viagem, não foi a primeira grande viagem pela distância do meu país nem por ser a primeira que faria sem a família, mas sim a primeira grande viagem por ser a viagem que me abriu os horizontes… que me fez perceber e entender uma cultura muito diferente do ocidente… pela primeira vez, na minha viagem à Índia, fui mais um habitante daquele mundo que está aparte do resto mundo… aquele país a que chamam país do terceiro mundo… mas no entanto foi lá, ao coabitar com as pessoas de lá que percebi a essência daquele povo e a sua cultura que os torna tão particulares e que sem saberem, apenas vivendo o seu dia-a-dia, me fizeram perceber tanta coisa em mim e na minha vida, neste mundo em que vivo… Há quem diga que quando se visita a Índia, ou se ama ou se odeia, pois vive só em New Deli mais de 2 biliões de habitantes, as ruas estão sempre repletas de pessoas, o que faz com a cidade seja mais suja e com mais odores do que as comuns cidades da Europa e com um trânsito frenético 24 horas por dia, mas que se compreendermos que numa cidade que até é grande, mas onde dois biliões de pessoas têm de coexistir é difícil ser diferente. Na Índia ainda vivem regidos pelas castas, que faz parte da sua cultura, reconhecendo e vivendo o seu “Karma” em aceitação, pois aceitam e compreendem que assim tem de ser… e que onde qualquer “estrangeiro” é novidade e motivo para fotos e tentarem conversar e conhecer… em que as mulheres estão separadas dos homens em comboios e em alguns locais públicos…. Então é normal que agora me perguntem como é que eu Amei a Índia… Amei sim, é um facto, fui daquelas pessoas que ficou a amar a Índia, que tem imensa vontade de lá voltar... Não me perguntem porquê. É o tipo de amor que é difícil de explicar. A Índia é profunda numa cultura mística e fascinante, mas também mesquinha, imprevisível e crua. É bela na sua própria sujidade e a fé dentro do caos que no fundo não será aquilo que todos procuram a perfeição no imperfeito, a beleza no meio da sujidade e a fé no meio do caos que surge muitas vezes na nossa vida. Pois é, é assim mesmo que a Índia é, é assim que as pessoas que lá vivem subsistem.

A Índia fez me ver o mundo de forma diferente, aceitando de forma consciente tudo o que existe, seja perfeito ou não, fez me a aceitar as pessoas exatamente como elas são, aceitar a vida tal como ela flui. Esqueçam se irão à Índia com intenções e expectativas de chegar à Índia e terão Epifânia iluminada e que sairão desta País iluminadas, só por lá terem passado, isso não irá acontecer, o mais natural é ficarem doentes pelas águas, comida e com algumas diarreias, vão se sentir desconfortáveis com os pedintes em todo o lado, irão sentir assoberbadas pela quantidade de pessoas que estão em todas as ruas que existem na Índia ou ainda com uma profunda tristeza pela pobreza que faz parte e é primordial neste país, exatamente pela existência das castas e também extrema população em cada rua, beco ou cidade deste maravilhoso país. Ao chegar à Índia é assim que se irão sentir, se não estiverem dispostos a encontrar a Paz interior e de coração aberto ou se não forem pessoas calmas e serenas a Índia não será o local ideal para encontrarem a paz interior no meio do caos e da desordem, se os cheiros, os sons (buzinas a cada segundo, barulhos das imensas pessoas que lá vivem),e gostos e paladares que irão experimentar os incomodam, chateando-se por assuntos triviais, então a Índia não é de todo para vocês, vão antes a uma ilha paradisíaca. Quando vamos à Índia, somos postos à prova e testados por tudo o que lá existe, comidas muito picantes, cheiros muito intensos, confusão de trânsito e mesmo as pessoas que irão tentar chegar até vocês, será testada a vossa tolerância, a paciência e a vossa paz interior. Mas a Índia é um lugar maravilhoso e mágico, onde aprendemos a aceitação e percebemos que no meio da pobreza surge a generosidade e onde conseguimos perceber que afinal é possível não permitir que o que nos rodeia, nos impossibilite de ter paz e apreciar cada canto deste país magnifico, de vermos com outros olhos, os olhos do coração, as pessoas e a cidade em si, aceitando e coabitando facilmente com as suas falhas, tal como, deveríamos fazer com todas as pessoas que nos rodeiam na nossa vida, no fundo não é isso que todos procuramos, a aceitação, e não é assim que deveria ser, aceitarmos todos incondicionalmente, percebendo que todos têm um lado lindo e maravilhoso, independentemente do lado que esse alguém escolheu em nos mostrar quando se relaciona connosco. Apaixonei-me pela Índia, sim, porque percebi que eles conseguem ser felizes, exatamente com o pouco que têm, que aceitam com tranquilidade a sua existência provida de bens materiais… É realmente fascinante perceber, compreender e passar pela Índia para nos testarmos e acima de tudo para compreender como a nossa cultura vive única e exclusivamente para os bens materiais, quando no outro lado do mundo ganhamos consciência que existe pessoas mais felizes com tão pouco. Relembro esta viagem nesta época, exatamente com um intuito, logo nesta época em que o consumismo prevalece ao estarmos juntos em família e felizes, em que o consumismo prevalece ao bem-estar, pois o mais importante para as pessoas e mais grave para as crianças é quantas prendas irão receber, a quantidade e não a qualidade, a qualidade da surpresa e acima de tudo da união familiar… se para muitos a Índia os deixa loucos, a mim o que me realmente enlouquece é exatamente esta falta de amor pelos outros e a falta da importância de passarmos tempo junto de pessoas que realmente amamos que passou a existir… por isso para mim, deixou de fazer sentido o Natal, para mim sempre que estou com os que são realmente “meus” é natal, por isso felizmente é quase todos os dias, porque felizmente, percebi na Índia e continuei a melhorar ao longo dos últimos anos, o desapego dos bens materiais e do consumismo desenfreado. Por isso viva à Índia, a esse país mágico, que nos põem à prova e nos testa, permitindo a quem vai de coração aberto a ver o mundo de uma outra forma. Namastê _/|\_

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In 2013 I made my first great trip, it was not the first great trip through the distance of my country nor because it was the first one I would do without the family, but the first great trip because it was the trip that opened my horizons ... that made me perceive and understand a very different culture from the West ... for the first time, on my trip to India, I was another inhabitant of that world that is apart from the rest of the world ... that country they call third world country ... but nevertheless it was there, cohabit with the people there that I realized the essence of that people and their culture that makes them so particular and that without knowing, just living their day to day, made me realize so much in me and in my life, in this world in which I live ... Some people say that when you visit India, or you love or hate yourself, because only 2 billion people live in New Delhi, the streets are always full of people, which makes the city more dirty and with more odors than ordinary cities of Europe and with frantic traffic 24 hours a day, but if we realize that in a city that is big but where two billion people have to coexist it is difficult to be different. In India they still live in caste-run, which is part of their culture, recognizing and living their "Karma" in acceptance, because they accept and understand that it must be so ... and that where any "foreigner" is novelty and motive for photos and try to talk and know ... in which women are separated from men in trains and in some public places .... So it's normal that now you ask me how I loved India ... I loved it, it's a fact, I was one of those people who loved India, who really wants to come back ... Do not ask me why. It's the kind of love that's hard to explain. India is deep in a mystical and fascinating culture, but also petty, unpredictable and crude. It is beautiful in its own dirt and faith in the chaos that in the end will not be what everyone seeks perfection in the imperfect, beauty in the midst of dirt and faith in the midst of the chaos that arises many times in our lives. Well, that's just the way India is, that's how the people who live there subsist.

India made me see the world differently, accepting consciously everything that exists, whether perfect or not, made me accept people exactly as they are, accept life as it flows. Forget if they will go to India with intentions and expectations of arriving in India and will have Epiphany illuminated and that will leave this country enlightened, just by having passed, it will not happen, the most natural thing is to be sick by the water, food and some diarrhea, will feel uncomfortable with the beggars everywhere, will feel overwhelmed by the amount of people that are in all the streets that exist in India or even with a deep sadness by the poverty that is part and is primordial in this country, exactly by the existence of the castes and also extreme population in every street, alley or city of this wonderful country. When you arrive in India this is how you will feel, if you are not willing to find inner Peace and open heart or if you are not calm and serene people India will not be the ideal place to find inner peace amid the chaos and disorder, if the smells, the sounds (horns every second, noises of the immense people who live there), and tastes and palates that will experience them bothering, annoying for trivial matters, then India is not at all for you, go before to a paradise island. When we go to India, we are tested and tested by everything there, very spicy foods, very intense smells, traffic jams and even the people who will try to reach you will be tested your tolerance, patience and your inner peace. But India is a wonderful and magical place where we learn acceptance and realize that in the midst of poverty comes generosity and where we can realize that after all it is possible not to let that which surrounds us, make it impossible for us to have peace and enjoy every corner of this a magnificent country, to see with other eyes, the eyes of the heart, the people and the city itself, accepting and cohabiting easily with their failures, as we should do with all the people that surround us in our life, deep down not this is what we all seek, acceptance, and this is not how it should be, accept all unconditionally, realizing that everyone has a beautiful and wonderful side, regardless of the side that one has chosen to show us when it relates to us. I fell in love with India, yes, because I realized that they can be happy, exactly with what little they have, that they accept their material possessions with tranquility ... It is really fascinating to perceive, to understand and to pass through India to test ourselves and above to understand how our culture lives solely and exclusively for material goods, when on the other side of the world we become aware that there are people happier with so little. I remember this trip at this time, exactly with an intention, right at this time when consumerism prevails when we are together in a family and happy, in which consumerism prevails to well-being, since the most important for the people and more serious for the children it is how many gifts they will receive, the quantity and not the quality, the quality of the surprise and, above all, of the family union ... if for many, India drives them crazy, what really drives me crazy is exactly this lack of love for others and the lack of importance of spending time with people that really love that came to exist ... so for me, Christmas has stopped making sense, for me whenever I'm with those who are really "mine" is Christmas, so fortunately is almost every day, because fortunately I realized in India and continued to improve over the last few years, the detachment of material goods and unbridled consumerism. So live to India, to this magical country, that puts us to the test and tests us, allowing to the open heart to see the world of another form. Namaste _/|\_